Para ele, a cadeia envolvida no setor precisa discutir formas de promover ajustes legais e culturais que viabilizem novas fontes de recursos destinadas ao financiamento habitacional. Bancos públicos e privados, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e empresas securitizadoras devem estudar a questão, sugere Crestana.
Números da Abecip mostram que as instituições bancárias financiaram 1,052 milhão de imóveis residenciais no ano passado, no valor de R$ 83,7 bilhões, com aumento recorde de 67% no volume de recursos, em relação a 2009. O crescimento do número de moradias foi de 57%. Esses índices foram atingidos com recursos do FGTS, que financiou 631 mil imóveis. O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) financiou a compra de 421 mil moradias, no período.
Principal financiadora habitacional do país, a Caixa Econômica Federal executa todos os programas de governo que facilitam o acesso das populações de baixa renda à casa própria, incluindo o programa Minha Casa, Minha Vida. Desde março de 2009, quando foi criado, o programa consumiu R$ 51,3 bilhões na contratação de 1,005 milhão de moradias.
O presidente da Abecip, Luiz Antônio Nogueira de França, faz o mesmo alerta. Ele lembra que, além do financiamento habitacional, haverá gastos vultosos também por conta da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Para ele, o constante crescimento do mercado imobiliário exige a definição urgente de outras opções de crédito como securitização, letras de crédito imobiliário (LCI) e letras financeiras com lastro imobiliário (LTI), hoje em estudo pelo Banco Central, pela Caixa e por demais agentes financeiros.
Fonte: Clip Imobiliário
Nenhum comentário:
Postar um comentário