segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Novo índice de IGMI-C afere rentabilidade para imóveis comerciais


A Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a BM&FBovespa lançaram, nesta sexta-feira, o tão aguardado Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C), o primeiro indicador a aferir a rentabilidade dos imóveis comerciais por todo o Brasil. Divulgado a cada três meses, o IGMI-C vai dar mais transparência ao setor, servindo como referência para a formação de preços de compra, venda e aluguel de imóveis comerciais. O índice do primeiro trimestre de 2011 será divulgado em abril.
O mercado imobiliário recebeu o anúncio com grande alarde. Um dos motivos é a possibilidade de o índice ajudar a identificar possíveis bolhas no mercado brasileiro. Mas em entrevista coletiva a jornalistas nesta sexta-feira, o pesquisador da FGV Paulo Picchetti explicou que essa identificação só poderá ser feita com precisão se e quando a primeira bolha brasileira acontecer. Como desde o início da série histórica do índice em 2000 ainda não houve uma bolha, não se conhecem os padrões de comportamento da rentabilidade durante esse tipo de situação.

Mesmo assim, o índice será útil até para os pequenos investidores, que poderão saber se os imóveis ou regiões desejados têm uma rentabilidade acima ou abaixo da média do mercado. “Até quem investe em fundos imobiliários lastreados em imóveis comerciais terá mais segurança, pois agora existe um parâmetro para saber se o mercado é mesmo rentável”, exemplifica Marcelo Prata, CEO da consultoria de crédito imobiliário Canal do Crédito.
 
       IGMI-C pode servir de parâmetros para investidores e futuramente ser negociado em Bolsa.  
    
Os fundos de pensão também estão otimistas com a novidade, que deve beneficiar seus cotistas. De acordo com José de Souza Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), o atual investimento médio dos fundos de pensão em imóveis ou fundos imobiliários não chega nem a 3% do patrimônio total. A lei, no entanto, permite que esses fundos apliquem até 8% de seus recursos em imóveis e 10% em fundos imobiliários.

“Nós esperamos que, com o índice, seja possível elevar essa média”, diz Mendonça. Mais recursos aplicados em imóveis permitirão uma turbinada nos ganhos dos fundos de pensão, já que atualmente a maior parte de seu capital é direcionada à renda fixa. “Para os fundos de previdência fechados, a segurança do investimento vem em primeiro lugar, pois é preciso um retorno certo para a aposentadoria dos cotistas. O novo indicador nos permite ter uma verdadeira noção da rentabilidade dos imóveis”, completa o presidente da ABRAPP.

Por ora, o índice será usado apenas como referência do mercado de imóveis comerciais. Futuramente, no entanto, é possível que o IGMI-C passe a ser negociado no mercado futuro, no mercado de balcão ou mesmo por meio de ETFs, fundos compostos pelos ativos de um determinado índice e negociados em bolsa como se fossem ações. “O mercado vai se familiarizar com o novo índice, e alguns produtos desse tipo certamente surgirão com o tempo”, disse na coletiva José Antonio Gragnani, diretor executivo de Desenvolvimento e Fomento de Negócios da BM&FBovespa.

Fonte: Exame - Editora Abril

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