segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O atual aquecimento da demanda por habitação pode beneficiar também o mercado de segunda residência?

O Brasil presencia uma forte demanda na habitação, que tem aquecido o mercado imobiliário e, a longo
prazo, pode impulsionar a venda de produtos destinados à segunda residência. Nossos entrevistados
respondem a essa questão e relacionam o mercado da habitação principal com o da segunda residência.


Alvaro Costa,
Diretor da regional de Campinas da Fernandez Mera.

Com certeza, porque há muitas pessoas que têm mais de um imóvel e estão tendo liquidez, podendo investir em outros imóveis. Essas pessoas estão conseguindo vender seus imóveis e criar
recursos para investir em um imóvel de segunda residência. É uma bola de neve. A maior procura
e financiamento dão maior liquidez para todo mundo. Uma pessoa que tem imóveis realiza mais
negócios.




José Ernesto Marino Neto,
Presidente da BSH Internacional.

O mercado de segunda residência será impulsionado a partir do momento em que as pessoas
já tiverem dinheiro no bolso para investir. E o Brasil está nessa rota.



Caio Sérgio Calfat Jacob,
Diretor da Caio Calfat Real Estate Consulting.

O aquecimento do mercado habitacional, a evolução econômica dos brasileiros, o crescimento
do turismo interno nos últimos anos e a pressão – sempre crescente – da vida das metrópoles,
proporcionarão o desenvolvimento do mercado de segunda residência, nos vários níveis sociais,
especialmente para os moradores dos municípios mais próximos.



Carlos Alberto Campilongo Camargo,
Diretor da Praia Grande Construtora.

O crescimento da economia vai ativar esse mercado. Parte-se do seguinte princípio, o país está tendo uma nova onda de desenvolvimento que nós acreditamos que seja sustentável. Paralelamente
a isso está havendo acesso a dinheiro, ao crédito, e com toda certeza, uma pessoa que mora em
uma região como São Paulo deseja no feriado ou no fim de semana sair da cidade e ir para o litoral
ou interior, e são pessoas que tem poder aquisitivo e querem usufruir disso.



Felipe Cavalcante,
Presidente da Adit Nordeste.

Sim. O aquecimento da economia beneficia a todos os segmentos, inclusive residencial e segunda residência. Em todo o mundo existe uma correlação entre esses dois mercados. Quanto
mais forte o de primeira residência, mais forte será o de segunda residência. O aumento do
crédito imobiliário também para a segunda residência já é uma realidade, bem como o Home
Equity da primeira residência para adquirir a segunda.



Josinha Pacheco,
Diretora da Josinha Pacheco Consultoria Imobiliária.

Sim, porque quem teve acesso à primeira residência sempre sonha em ter mais, evoluir. Também
chegou o financiamento para a segunda residência, possibilitando a quem não tinha condições,
comprar mais um imóvel. Com a melhora da economia e o padrão de vida das pessoas, é possível
pagar até duas prestações, a da primeira e da segunda residência.



Luis Gonzaga S. Mayor,
Diretor de Desenvolvimento Imobiliário Turístico da CBRE.

Acho que sim, ainda não com força, mas ela deve refletir com certeza. Estamos com um
crescimento muito forte na baixa renda, mas essa demanda não chega à segunda residência,
que envolve classe média e alta. Esses dois segmentos vão expandir mais e com o tempo
chegar ao mercado da segunda residência. Faltam produtos adequados, mas há potencial
para chegar sim.




Franklin Mira,
Diretor da Odebrecht Realizações Imobiliárias.

O mercado de segunda residência é altamente demandado por uma fatia significativa da população que começa a ter um poder aquisitivo e condições de ter a primeira residência, e que
agora tem facilidade de crédito. E também, de certa forma, a partir do momento que há uma
forte demanda de primeira residência, o comprador começa a sentir outras necessidades que
o levam à vontade de adquirir outro bem. A primeira habitação pode ser a médio prazo uma
impulsionadora de segunda residência. Quem compra a segunda residência é porque já tem
a primeira, a partir do momento que começa a haver um incremento de base na primeira residência, a segunda tende a ser a próxima opção de compra



Sergio Vieira,
Diretor do Espírito Santo Property Brasil.

O mercado de segunda residência é muito influenciado pelo estado de espírito das pessoas, pois
não é essencial como a primeira residência. Quando o país, a economia e a política vão bem, as
pessoas se sentem menos acuadas e o mercado tem muito potencial para se desenvolver. O mercado de segunda residência é sensível a uma crise ou dificuldade qualquer. Sofre mais em primeiro,
mas também floresce quando o dinheiro existe. É muito mais uma questão de estado de espírito,
porque quem vai fazer uma segunda residência já está instalado, com uma reserva de valor


Fonte: Vida Imobiliária

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