segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Empresários da construção civil estão otimistas, revela CNI

A indústria da construção civil fechou 2009 aquecida e otimista com as perspectivas de expansão do setor nos próximos seis meses. O nível de atividade cresceu em dezembro em relação ao mês anterior e, segundo os empresários do ramo, manteve-se mais aquecido que o usual para o período. Os dados constam da primeira Sondagem da Construção Civil realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 4 e 22 de janeiro com 283 empresas do setor de construção civil.

A pesquisa mostra indicador de expectativa de atividade para os próximos seis meses em 70,6 pontos. A metodologia considera 50 pontos como nível que divide retração de crescimento.

O gerente de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, afirmou que otimismo da indústria daconstrução é melhor do que da indústria da transformação, principalmente nas grandes empresas.

Para o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o programa Minha Casa Minha Vida e as obras do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) são os principais motivos de otimismo dos setor.

“O grande vetor é o Minha Casa Minha Vida. As obras do PAC que começaram a andar também foram responsáveis pelo aquecimento”, disse Martins.

O plano, segundo Martins, beneficia parcela das construtoras dedicadas à área imobiliária, que responde por cerca de um terço do setor de construção civil, formado também pelas áreas de obras públicas dos prestadores de serviços.

O índice de expectativa de número de empregados nos próximos seis meses no setor de construção civil ficou em 66,8 pontos, depois de encerrar o quarto trimestre de 2009 em nível acima dos três meses imediatamente anteriores, em 53,6.

“As empresas deverão contratar trabalhadores nos próximos seis meses diante do nível registrado pelo indicador de perspectiva de número de postos de trabalho”, afirma relatório da CNI/CBIC.

Em dezembro do ano passado, o nível de atividade do setor ficou em 53,2, mostrando um nível de produção acima do normal para o mês, aponta o levantamento.

O maior patamar de atividade no fim de 2009 foi apurado entre grandes empresas, 56,8 pontos. Enquanto isso, companhias médias tiveram índice de 53,1 e pequenas mostraram queda na atividade, com o indicador em 49,3 para dezembro.

Para Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisas da CNI, os números da construção civil, apesar de fortes, não levantam preocupações inflacionárias.

“O que temos que observar mais é o crescimento da atividade na comparação com o usual para o mês, e ela está apenas um pouco acima dos 50 pontos”, afirmou Fonseca a jornalistas.

A elevada carga tributária foi o principal problema enfrentado pelas empresas no último trimestre de 2009. A questão foi levantada por 60,7 por cento das empresas em sondagem dirigida, seguido da falta de trabalhador qualificado (53 por cento) e por condições climáticas (36,7 por cento).

Para as grandes empresas do setor, o maior problema mesmo está na falta de oferta de trabalhadores qualificados. Esse segmento também se mostrou mais otimista do que as empresas de pequeno e médio porte. (Com informações da Reuters)

Fonte: O Globo.

Imóvel na Planta em Lagoa Santa.

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