sexta-feira, 4 de março de 2011

Cresce demanda por habitação nas classes C, D e E

Esse público corresponde a 85% da população, mas ainda é pouco conhecido pelo setor imobiliário. Um dado interessante foi divulgado, em pesquisa recente feita com 3.005 brasileiros em 35 municípios, pelo Data Popular, empresa especializada em produzir informações sobre o mercado popular brasileiro: 9,1 milhões de famílias no País pretendem comprar um imóvel nos próximos 12 meses. O que mais chama a atenção nesses dados é que 83% desse total pertencem às classes C, D e E. Ou seja, 7,5 milhões de consumidores de baixa renda planejam realizar o sonho da casa própria. Esse número quase dobrou em dois anos - no último trimestre de 2008, eram 4,9 milhões de brasileiros de baixa renda.

Apesar de o deficit habitacional estar bastante elevado e este ser um dos mercados que mais cresce no País, muitas famílias sentem dificuldades em ter acesso a um imóvel, pois o setor imobiliário ainda não está sensível para atender a esta demanda. “O grande problema é que as construtoras precisam garantir o lucro para as suas empresas. E construir moradias para as classes menos favorecidas, do ponto de vista do mercado, nem sempre é possível. Para a Habitat para a Humanidade, por exemplo, construímos moradias sem fins lucrativos, em que o componente social é muito forte”, explica o diretor executivo nacional da organização não governamental Habitat para a Humanidade, Demóstenes Moraes. A instituição é afiliada da rede Habitat for Humanity, presente em 95 países.

Segundo Moraes, a ONG, que está no Brasil desde 1992, já promoveu mais de 350 mil soluções habitacionais para a população de baixa renda em situação de vulnerabilidade social. Ele explica que, em Pernambuco, a construção de moradias para esse estrato social tem sido feita em cidades de porte menor, devido à dificuldade de encontrar terrenos no Recife e na Região Metropolitana. O diretor executivo da instituição ainda acrescenta que a construção depende de uma conjunção de fatores, como preço do terreno e infraestrutura, que são itens caros na RMR e que, de fato, inviabilizam muitos projetos.

Para o diretor comercial da Prolar, Luyndson Lino, o aumento do crédito, o índice de crescimento do emprego formal e o programa do Governo Federal, lançado em 2009, Minha Casa, Minha Vida, são os maiores responsáveis pelo aumento das condições de se comprar um imóvel, apesar de que, segundo a pesquisa do Data Popular, 74% das famílias (o que representa seis milhões) que pretendem adquirir a casa própria declararam ter algum medo relacionado à compra. Ou seja, quanto menor a renda, maior a insegurança no momento de negociar uma habitação.

Lino afirma que é importante ressaltar as diferenças entre as classes C, D e E. A Prolar, por exemplo, atende as classes A e B, e há pouco tempo começou a construir para o segmento C. “O primeiro imóvel nosso construído para a classe C foi o Solar Mont Blanc, e é um público totalmente diferenciado, que muito provavelmente está adquirindo o primeiro imóvel. Mas eu aposto muito no crescimento desse mercado, tanto que acho que eles devem investir em outros empreendimentos”, acredita. Ele também concorda com Demóstenes Moraes, achando que ainda é complicado construir para as classes D e E. “Para esses segmentos, o construtor precisa vender para a Caixa Econômica Federal, mas a avaliação do imóvel feita pela Caixa tem sido abaixo do preço de venda do mercado, o que não é viável”, justifica Lino.

Fonte: Folhape

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